segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Bairro suíço cria horta comunitária e cada morador planta um alimento para compartilhar com outros


O movimento sustentável não é recente, mas ainda vivemos numa sociedade essencialmente consumista que não se preocupa com o amanhã. Por isso nos chama atenção quando vemos o caso de um bairro de Genebra, Suíça.

Os moradores da Avenida Crozet podem colher alimentos frescos e orgânicos direto dos jardins da sua casa e do vizinho.

É isso mesmo: cada família planta um alimento e compartilha com as outras.

Além dos méritos de união comunitária, cada família pode usufruir de comida de verdade produzida na própria vizinhança. Isso não é demais?

O ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand fotografou uma bela imagem dessas hortas urbanas na região suíça — mostrada acima. Além da beleza estética — que não fica muito atrás de jardins — a imagem também serve de inspiração para outras comunidades se unirem para fazerem o mesmo.

Embora a ideia seja revolucionária aos nossos olhos, que consumimos tantos agrotóxicos, ela não é nova. As hortas urbanas começaram a ganhar força na Europa durante o século XIX com os esforços do físico Moritz Schreber.

O alemão propagava a ideia de que as cidades deveriam ter mais áreas verdes para o lazer das famílias. Aos poucos, as pessoas começaram a utilizar o quintal das suas casas para cultivar os seus próprios alimentos.

Alemanha, Rússia e Suíça já estão nessa
Yann estima que o bairro da Avenida Crozet em Genebra seja apenas uma parte dos 50 mil hectares de hortas urbanas cultivadas no país. Na Rússia, mais de 72% das famílias que moram em áreas urbanas plantam parte de seus alimentos em seu próprio jardim. Somente em Berlim, na Alemanha, a estimativa é de que haja 80 mil “fazendeiros” urbanos.

O movimento tem nome: foodscaping

Foodscaping é o nome adotado por alguns, mas você também pode encontrar lugares falando de paisagismo comestível ou ainda agricultura de jardim. Com alimentos cada vez mais caros e opções insalubres, a prática tem-se popularizado.
No fundo, é mais um jeito elegante de tratar a hortinha que os nossos avós sempre cultivaram. Agora é preciso popularizar a ideia de trocar alimentos da horta com os vizinhos.
Pode dar uma espiada na Avenida Crozet e ter uma ideia como as hortas comunitárias se parecem vistas de cima através deste link do Google Maps.

sábado, 29 de agosto de 2015

MADRUGADA - Vocal


You better run, you better run
You better not wait too long
You better run, you better run
You better run for you have a heart
So let's start, so let's start
So let's start, tear it all apart
You better run, you better run
You better run for you have a heart
Well, oh, well, oh, you know it's only so much I can take
I buried my head in that pillow for a million days
So, oh, oh well, I'm sorry but I do not care to wait
Dare not walk through the light
Dare not walk through the light

Your vision's travelled far today
So why don't you run away
Your vision's travelled far today
Like in the times when you say

I have a cry, I have a cry, and I will not be contained
I have a cry, I have a cry, and I will not be contained, no
Oh well, oh you know it is only so much I can take
Buried my head in that pillow a million days oh, oh
Oh well, I'm sorry but I do not care to wait
Oh, dare not walk through the light
Dare not walk through the light, oh

Oh, dare not walk through the light
Dare not walk through the light

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Vietname apreendeu mais de 750 Kg de marfim e cornos de rinoceronte de Moçambique

14 de Agosto de 2015, 13:52


As alfândegas do Vietname apreenderam 735 quilos de marfim e cornos de rinoceronte no porto de Tien Sa, na cidade de Da Nang, provenientes de Moçambique, noticiou em 14 de Agosto o diário vietnamita Tuoi Tre News.

Citando um comunicado das autoridades alfandegárias vietnamitas, o jornal REFERE que o marfim e os cornos de rinoceronte estavam escondidos dentro de blocos de mármore falso, depois de terem sido desembarcados em dois contentores transportados num navio.

"Durante a inspecção, os fiscais aduaneiros detetaram sinais suspeitos em muitos dos blocos de marfim num dos dois contentores", indica o Tuoi Tre News.

Para surpresa dos funcionários alfandegários, assinala o jornal, dos blocos de mármore quebrados saíram dentes de marfim e cornos de rinoceronte escondidos.

Do produto apreendido, 593 quilos correspondem a dentes de marfim e 142 quilos a cornos de rinoceronte, afirma o jornal, que adianta ainda que o mármore transportado no segundo contentor era verdadeiro.

O jornal não refere se alguém terá sido detido em conexão com a apreensão do produto e recorda que um quilo de marfim custa no mercado do contrabando 2,100 dólares (mais de 1.800 euros) enquanto um quilo de corno de rinoceronte custa 133 dólares (mais de 119 euros).

Vários cidadãos do Vietname têm sido detidos nos últimos anos em Moçambique, na posse de dentes de marfim e cornos de rinoceronte, contrabandeados para aquele país asiático, onde se acredita que os mesmos têm propriedades terapêuticas.

No início do mês passado, as autoridades moçambicanas incineraram mais de duas toneladas de dentes de marfim e cornos de rinoceronte em Maputo, apreendidas em diferentes ocasiões em vários pontos do país.

O marfim e cornos de rinocerontes contrabandeados em Moçambique são extraídos de animais abatidos na caça furtiva no país, mas principalmente na África do Sul, onde as autoridades locais destacaram o exército para o combate ao abate ilegal de elefantes e rinocerontes.

Fonte: Lusa

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Qualquer pessoa pode ajudar a tornar a sua autarquia livre de ‪‎herbicidas‬


Qualquer pessoa pode ajudar a tornar a sua autarquia livre de herbicidas. Ver o link da Quercus - ANCN abaixo


"O seu uso, em especial dos herbicidas à base de glifosato (o mais usado em todo o mundo), tem aumentado muito nos últimos anos devido à proliferação das culturas geneticamente modificadas (OGM), que se tornaram resistentes à sua aplicação (quando antes da modificação genética, morriam com ele)."


Como ajudar: Quercus- ANCN

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Agenda Gotsch - Da horta à floresta - From garden to forest


"EUCALIPTO DANDO COMIDA, E NÃO SECANDO O SOLO"
Neste episódio apresentamos o trabalho de Juã e Rômulo, dois jovens que têm demonstrado que serviços ambientais são a consequência de uma boa agricultura.

"EUCALYPTUS PROMOTING FOOD PRODUCTION, AND NOT DRYING SOIL" On this episode we present Juã and Rômulo, two young men who show that environmental services are the consequence of a good agriculture.

Mais informações sobre o maravilhoso trabalho de Ernst Gotsch (Agenda Gotsch- sítio oficial) na Agricultura Sintrópica.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Dinamarca – o primeiro país que, por lei, só terá agricultura orgânica

A Dinamarca está se preparando para ter uma agricultura totalmente sustentável. Este é um dos projetos que o atual governo tem intenção de por em prática a de transformar a agricultura dinamarquesa em 100% orgânica.
A primeira meta, a ser alcançada até 2020 é a de se duplicar a quantidade atual de terra cultivada organicamente. Atualmente, a Dinamarca já é o país com maior desenvolvimento e amplitude do comércio de produtos orgânicos. E em 2015 PRETENDE investir mais de 53 milhões de euros para AMPLIAR a agricultura biológica.

A agricultura biológica na Dinamarca está à frente de seu TEMPO. São já quase 25 anos de existência e aplicação de leis sérias de proteção à natureza, às águas, ao uso de defensivos e outros produtos agrícolas, sendo que 97% da população CONHECE o seu significado e importância. É um verdadeiro recorde, assim como o fato de que a despesa total de alimentos do país é composta por 8% apenas de produtos certificados. E desde 2007, a exportação de produtos orgânicos na Dinamarca aumentou em 200%.

Com essa ótica, a Dinamarca hoje se propõe TRABALHAR EM duas frentes diferentes: uma delas visa aumentar a quantidade de terras agrícolas que usem agricultura biológica e o outro, estimular uma maior demanda para os produtos de origem comprovadamente orgânica e sustentável.
Assim, serão privilegiados os produtores que quiserem investir na conversão de suas terras, da agricultura convencional para a orgânica e biodinâmica e os projetos que visem o desenvolvimento de novas TECNOLOGIAS para a promoção da sustentabilidade no campo.
Neste contexto já está em marcha, nas prefeituras locais, a ocupação de áreas antes baldias, com produção de hortaliças sazonais, de forma orgânica.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Pesquisas comprovam a importância da vegetação na produção de água


Trabalhos desenvolvidos pelo Instituto de Pesquisas Ambientais   comprovam, de forma inequívoca, que a presença de cobertura florestal em bacias hidrográficas promove a regularização do regime de rios e a melhora na qualidade da água. Daí a importância do Programa Nascentes, desenvolvido pelo Governo do Estado de São Paulo, que tem o objetivo de promover a restauração de 20 mil hectares de matas ciliares.

Os pesquisadores  da Seção de Engenharia Florestal, do IF, Valdir de Cicco, Francisco Arcova e Maurício Ranzini, embasaram suas teses de doutorado em pesquisas sobre a relação entre a floresta e a água, elucidando dúvidas e provando com números as suas proposições.


“As bacias hidrográficas recobertas por vegetação florestal são as que oferecem água com boa distribuição ao longo do ano, e de melhor qualidade”, enfatiza Arcova, engenheiro florestal, doutor em Geografia Física, pela Universidade de São Paulo, no IF desde 1985. Segundo ele, parte da água da chuva é retida pelas copas das árvores, evaporando em seguida em um processo denominado interceptação. A taxa de evaporação varia com a espécie, idade, densidade e estrutura da floresta, além das condições climáticas de cada região.

“Em florestas tropicais, a interceptação varia de 4,5% a 24% da precipitação, embora tenham sido registrados valores superiores a 30%”, explica. Nesse ponto, Arcova faz um parênteses para falar, com entusiasmo, do Laboratório de Hidrologia Florestal Walter Emmerich, do IF, instalado em 1982 no Núcleo Cunha, do Parque Estadual da Serra do Mar, onde desenvolveu estudos em trabalhos conjuntos com o pesquisador que dá nome à instalação.

Maurício Ranzini, também engenheiro florestal, doutor em Ciências da Engenharia Ambiental pela USP de São Carlos, no IF desde 2005, lembra que o laboratório constitui-se em uma referência quando se trata de hidrologia florestal. Tanto é que, todos os anos, recebe dezenas de alunos de diversas universidades brasileiras e de outros países em cursos ministrados pelos pesquisadores do IF.

Concluindo, os pesquisadores dizem que as pesquisas realizadas em Cunha estimam o valor de 18% de interceptação. O restante da água alcança o solo florestal por meio de gotejamento de folhas e ramos ou escoando pelo tronco de árvores. No solo, a água infiltra-se ou é armazenada em depressões, não ocorrendo o escoamento superficial para as partes mais baixas do terreno, como aconteceria em uma área desprovida de floresta

“O piso florestal é formado por uma camada de folhas, galhos e outros restos vegetais, que lhe proporciona grande rugosidade, impedindo o escorrimento superficial da água para as partes mais baixas do terreno, favorecendo a infiltração. Também a matéria orgânica decomposta é incorporada ao solo, proporcionando a ele excelente porosidade e, consequentemente, elevada capacidade de infiltração.”

Uma parcela da água infiltrada contribui para a formação de um rio por meio do escoamento subsuperficial, e outra, é absorvida pelas raízes e volta para a atmosfera pela transpiração das PLANTAS. “A interceptação e a transpiração, ou a evapotranspiração, fazem a água da chuva voltar para a atmosfera não contribuindo para aumentar a vazão de um rio.”

Os pesquisadores Maurício Ranzini(esq.) e Francisco Arcova (dir.)

Em florestas tropicais, a evapotranspiração varia de 50% a 78% da precipitação anual. Na pesquisa realizada em Cunha, esse número é de aproximadamente 30%. Os pesquisadores explicam que o remanescente da água infiltrada movimenta-se em profundidade e é armazenado nas camadas internas do solo e na região das rochas, alimentando os cursos de água pelo escoamento deBASE, isto é, do subsolo onde se localizam os lençóis freáticos.

Embora os processos que determinam os fluxos de água sejam semelhantes para as diferentes formações florestais, a magnitude desses processos, que depende das características da floresta, da bacia hidrográfica e do clima, influencia a relação floresta-produção de água (escoamento total do rio). Em florestas tropicais, a produção hídrica nas microbacias varia de 22% a 50% da precipitação. “Em Cunha, onde a evapotranspiração anual da Mata Atlântica é da ordem de apenas 30%, a produção de água pela microbacia é de notáveis 70% da precipitação”, afirma Francisco.

Esse mecanismo, em que a água percola o solo e alimenta gradualmente o lençol freático, possibilita que um rio tenha vazão regular ao longo do ano, inclusive nos períodos de estiagem. Nas microbacias recobertas com mata atlântica em Cunha, o escoamento de base é responsável por cerca de 80% de toda a água escoada pelo rio, fato que proporciona a elas um regime sustentável de produção hídrica ao longo de todo o ano.

Ao contrário, em uma bacia sem a proteção florestal, a infiltração da água da chuva no solo é menor para alimentar os lençóis freáticos. O escoamento superficial torna-se intenso fazendo com que a água da chuva atinja rapidamente a calha do rio, provocando inundações. E, nos períodos de estiagem, o corpo-d’água vai minguando, podendo até secar.

Um outro fator drástico é que, enquanto nas bacias florestadas, a erosão do solo ocorre a taxas naturais, pois o material orgânico depositado no piso impedem o impacto direto das gotas de chuva na superfície do solo, nas áreas desprovidas de vegetação há um intenso processo de carreamento de material para a calha do rio aumentando a turbidez e o assoreamento dos rios.

Segundo Maurício, na microbacia recoberta com Mata Atlântica em Cunha, a perda de solo no rio é da ordem de 162 kg/hectare/ano. “Esse valor é muito inferior à perda de solo registrada para o estado de São Paulo, que varia de 6,6 a 41,5 t/hectare/ano, dependendo da cultura agrícola, algo como 12 toneladas num campo de milho, 12,4 toneladas numa área de cana-de-açúcar, chegando a até 38,1 toneladas numa plantação de feijão”, informa em tom de alerta.

A floresta representa muitos outros benefícios para os sistemas hídricos. Contribui, por exemplo, para o equilíbrio térmico da água, reduzindo os extremos de temperatura e mantendo a oxigenação do meio aquático. Promove, ainda, a absorção de nutrientes pelas árvores, arbustos e plantas herbáceas evitando a lixiviação excessiva dos sais minerais do solo para o rio.

domingo, 23 de agosto de 2015

ΕΙΡΗΝΗΝ ΕΙΠΕΝ Ο ΧΡΙΣΤΟΝ - KEMANETZIDIS BABIS



PAZ- PEACE- PACO- PACE- PAIX- SHALOM- SALAAM- SHANTY- SELAM VREDE- PAKE- HETEP- RAHU - ASHTE- IRINI- HEIWA- SULH- MIR

PHYONGH'WA- EMIREMBE- PACI- FRED- SULA- POKOJ- PASCH- MIERS- UKUTHULA

sábado, 22 de agosto de 2015

As primeiras flores de Portugal são (também) as primeiras flores da Terra

Nem sempre a Terra teve flores. Subitamente, elas apareceram – um mistério que Charles Darwin considerou “abominável”. Portugal tem estado a contribuir para o estudo das flores primitivas, graças à descoberta de fósseis de várias plantas novas para a ciência.


A flor do Kajanthus lusitanicus, com 110 milhões de anos

Na palma da mão, é um ponto negro, indistinguível a olho nu. Já à lupa binocular, este pedaço de carvão, nem de um milímetro de comprimento, ganha formas. É uma flor, exemplar único, nova para a ciência. Esteve enterrada em argila durante 110 milhões de anos, até ter sido recolhida entre quilos de terra pelo investigador Mário Miguel Mendes perto da vila do Juncal, no concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria. Ela e os fósseis de outras três plantas, também classificadas entretanto como novidades científicas, enriquecem as colecções do jardim português do Cretácico, quando os dinossauros reinavam e as plantas com flor começavam a despontar na Terra.

Antes, uma breve história. Há cerca de 440 milhões de anos, ter-se-ão deslocado para terra firme, vindas do mar, as primeiras plantas. “Esses primeiros colonizadores terão sido algas verdes já extintas, que apresentavam semelhanças com os briófitos, grupo de plantas a que pertencem os musgos”, explica-nos o paleobotânico Mário Miguel Mendes, do Centro de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Algarve, em Faro, e do Museu Geológico, em Lisboa. “Para que as plantas pudessem conquistar o meio terrestre, tiveram de desenvolver estruturas que possibilitassem, por um lado, a obtenção de água e, por outro, reduzir a sua perda. Além disso, desenvolveram as raízes que fixavam a planta ao solo, absorvendo água necessária à sua manutenção, e os caules que suportam as folhas, órgãos fotossintéticos por excelência.”

Estavam ainda longe de ter flores, e os continentes onde viviam tinham uma configuração muito diferente da de hoje. A evolução tornou as plantas mais complexas, até aparecerem as gimnospérmicas, como as coníferas, em que as sementes não estão encerradas dentro de um fruto, de que são exemplo os pinheiros e os seus pinhões. “Há cerca de 320 milhões de anos, em Portugal formavam-se cordilheiras de montanhas com lagos envolvidos e habitados por vegetação rica e diversificada. Havia cavalinhas gigantes e plantas afins de licopódios e selaginelas actuais, mas de porte arbóreo, a par de coníferas que lembravam araucárias. Os fetos eram particularmente abundantes e diversificados”, conta Mário Miguel Mendes. “Esta vegetação desenvolvia-se em ambientes pantanosos, em clima húmido e relativamente quente das áreas próximas do equador da Terra de então. São desta altura muitos dos depósitos de carvão mundiais, inclusivamente em Portugal.”

Há cerca de 250 milhões de anos, os continentes anteriormente existentes já tinham colidido entre si e formado um só supercontinente, a Pangeia. Mas a tectónica é imparável e a fragmentação das placas ao longo da era Mesozóica – iniciada há 235 milhões de anos, no período do Triásico, e terminada com o Cretácico, entre há 145 e 65 milhões de anos –, colocou novos desafios às plantas terrestres. Se na Pangeia viviam sobre a influência de um clima continental, com a fragmentação das placas tectónicas as plantas tiveram de se adaptar a condições mais húmidas. “Esta interacção entre clima e fenómenos tectónicos ditou o aparecimento e a extinção de alguns grupos vegetais”, explica o paleobotânico.

“Há 225 milhões de anos, no Triásico, as plantas foram povoando as imensas áreas continentais semidesérticas, a partir da vizinhança de áreas lacustres. No Jurássico (200-145 milhões de anos), as coníferas dominavam a vegetação arbórea. Os fetos abundavam.”

Mas a Terra continuava sem flores. As primeiras plantas com flores, ou angiospérmicas, apareceram relativamente tarde na história do planeta – “apenas” há cerca de 130 milhões de anos, no início do Cretácico, como indicam os fósseis mais antigos. E as suas flores eram pequenas. E sem pétalas. Hoje, as angiospérmicas dominam a vegetação terrestre, ocupando quase todos os ecossistemas e representando mais de 85% das espécies vegetais vivas.

“O aparecimento súbito destas plantas no Cretácico Inferior sempre intrigou os cientistas. Charles Darwin referia-se a este súbito evento evolutivo que provocou alterações profundas em todos os ecossistemas terrestres como um ‘ mistério abominável’. Aparentemente, o seu desenvolvimento foi feito a par da evolução dos insectos e a sua enorme diversificação terá resultado do êxito adaptativo das suas inovações evolutivas. Mas muitos aspectos relacionados com as condições paleoambientais que presidiram à proliferação das angiospérmicas continuam por esclarecer”, diz Mário Miguel Mendes.

Portugal tem contribuído para a reconstituição desta história do nosso planeta. Tal como nos Estados Unidos, na China e em Espanha, em Portugal encontram-se os fósseis de plantas com flores mais antigos do mundo. São de flores, sementes e frutos, com cerca de 125 milhões de anos, recolhidos em Torres Vedras pela dinamarquesa Else Marie Friis, uma das maiores especialistas em angiospérmicas. Por exemplo, identificou pólenes que só existem quando há flores de um género e espécie novos – a Mayoa portugallica, descrita em 2004.
Fonte: Publico

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

A Mentira Em Que Vivemos (The Lie We Live) - Legendado PT-BR


Vivemos num mundo que criou um sistema com raízes tão profundas que já faz parte da nossa realidade e achamos que as coisas têm que ser assim porque são ... quando na realidade é que estamos a cavar nossa própria sepultura sem nos apercebermos disso. 

Spencer Cathcart produziu e editou este vídeo em 2015 e que abre os nossos olhos para a realidade do mundo, e inspirar a tua individualidade para fazer as mudanças que tu sabes que tens que fazer para ajudar a construir um mundo melhor. Partilha este vídeo com amigos e familiares.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

"Congresso Internacional do Medo" por Carlos Drummond de Andrade


"Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque este não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas"
Carlos Drummond de Andrade,

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Desde o dia 13 de Agosto que estamos a delapidar as reservas da Terra


Fonte: Over Shoot Day 2015 

Em oito meses, a humanidade consumiu os recursos renováveis que o planeta consegue produzir durante um ano. Depois do dia 13 de Agosto, estamos a delapidar as reservas da Terra.

Há 20 anos que a Global Footprint, uma organização não governamental ligada à conservação da natureza, faz o cálculo: com dados fornecidos pelas Nações Unidas, a ONG compara a pegada ecológica do Homem - que mede a exploração dos recursos naturais do planeta Terra pelo ser humano - com a capacidade do planeta de se regenerar, renovando os seus recursos e absorvendo os resíduos. Perante as informações recolhidas, a Global Footprint determina o dia em que a exploração humana ultrapassa a chamada biocapacidade da Terra. Em 2015, esse dia assinala-se esta quinta-feira, 13 de agosto.

A data é cada vez mais precoce: em 2005, o homem começava a explorar as reservas do planeta só a partir de Setembro. Em 1975, os recursos renovados a cada ano terminavam apenas em Novembro. A vertigem do consumo é cada vez maior e a humanidade, conforme indica a organização, vive cada vez mais Tempo "a crédito", com a dívida ecológica a crescer e a tomar proporções preocupantes. A desflorestação, escassas reservas de água, poluição e o efeito de estufa são o preço que o Homem já está a pagar pelo consumo desenfreado dos recursos terrestres, num ciclo vicioso que, daqui em diante, só pode piorar caso não sejam tomadas medidas urgentes.

A poucos meses da conferência mundial sobre as alterações climáticas - prevista para dezembro, em Paris - o vice-presidente da Global Footprint, Sebastian Winkler, disse ao Le Monde que as negociações que se avizinham serão determinantes para reduzir a pegada ecológica do homem, porque são as emissões de carbono as principais responsáveis pela degradação do ambiente e dos recursos terrestres.

"É um ciclo vicioso. A nossa forma de consumo degrada os ecossistemas dos quais dependemos. Lança gases com efeito de estufa para a atmosfera e o aquecimento global agrava ainda mais esta situação", realça Diane Simiu, a diretora dos programas da WWF, organização dedicada à preservação do ambiente, em França. A CONTINUAR a tendência de sobre-exploração dos recursos do planeta, em 2030 serão necessários os recursos gerados por dois planetas Terra para responder às necessidades do homem.

A boa notícia, segundo Sebastian Winkler, é que basta que os 195 países que vão participar na reunião de Paris cheguem a acordo para a redução em 30% das emissões de CO2: assim, em 2030, a humanidade viveria das reservas da terra só a partir de 16 de Setembro, verificando-se uma maior poupança dos recursos do planeta. Caso nada mude, o dia chegará a 28 de Junho. [Fonte:DN]

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Encontros Improváveis:Antonio Machado e Aleksandr Scriabin- "Tres piezas, Op 2_nº 1. Estudio en Do sostenido menor"


Desde el umbral de un sueño me llamaron... 
Era la buena voz, la voz querida.  -Dime: ¿vendrás conmigo a ver el alma?....  Llegó a mi corazón una caricia.  -Contigo siempre....Y avancé en mi sueño por una larga, escueta galería,  sintiendo el roce de la veste pura y el palpitar suave de la mano amiga.  Antonio Machado.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Dia Internacional da Juventude

"O intervalo de tempo entre a juventude e a velhice é mais breve do que se imagina. Quem não tem prazer de penetrar no mundo dos idosos não é digno da sua juventude" ~ Augusto Cury



Good times for a change
see, the luck I've had
can make a good man
turn bad

So please please please
let me, let me, let me
let me get what I want
this time

Haven't had a dream in a long time
see, the life I've had
can make a good man bad

So for once in my life
let me get what I want
Lord knows it would be the first time

Biografia: 

Páginas e Youtube

sábado, 8 de agosto de 2015

Documentário: Islão- a História não contada


Tom Holland pointe le "trou noir" des origines de l'islam et enquête comme un détective sur les incohérences des sources musulmanes, l'absence de sources anciennes, l'absence de mention à Mahomet ou à La Mecque avant la fin du 7e siècle, le caractère très tardif de la 1ere biographie de Mahomet qui date de 200 ans après sa mort ... Il rencontre les spécialistes, les chercheurs et archéologues (Seyyed Hossein Nasr, Patricia Crone, Guy Stroumsa, Fred Donner et Tali Erickson-Gini), visite les lieux, contemple les vestiges pour confronter le matériel historique au discours islamique. Pour aller plus loin : Le grand secret de l’islam la synthèse des dernières recherches historiques sur les origines de l'islam (dont celles de Patricia Crone), pour comprendre enfin d'où vient l'islam, comment il est apparu, pourquoi il est comme il est. Documentary film by Tom Holland for Channel 4 television, broadcasted in August 2012 (all rights reserved to Channel 4) Tom Holland points to the "black hole" of the origins of Islam and investigates as a detective on the inconsistencies of muslim sources, the absence of ancient sources, the absence of any mention of Muhammad or Mecca before the end of the 7th century , the very late nature of the 1st biography of Muhammad (dated from 200 years after his death). He meets specialists, scholars and archaeologists (Seyyed Hossein Nasr, Patricia Crone, Guy Stroumsa, Fred Donner and Tali Erickson-Gini), visits the sites, contemplates the vestiges, looks for historical material, which he confronts with the Islamic narrative.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Musica BioTerra: Rosa de Hiroshima por Ney Matogrosso

Não apagar a memória- Hiroshima e Nagasaki

  • Todas as postagens sobre o sucedido em Hiroshima e Nagasaki no BioTerra
  • Ver  ainda Dossier Bioterra Não ao Nuclear


Em 69º. Lugar entre AS 100 MAIORES CANÇÕES BRASILEIRAS DE TODOS OS TEMPOS: “Rosa de Hiroshima”, aqui na interpretação de Ney Matogrosso.

Veja abaixo uma tradução para o inglês do poema original “Rosa de Hiroshima”, de Vinícius de Moraes, musicado por Gerson Conrad na canção de mesmo nome e interpretada pela banda “Secos e Molhados”. Fala sobre a explosão atômica de Hiroshima. O poema alude aos bombardeios das cidades de Hiroshima e de Nagasaki, no Japão, durante a Segunda Grande Guerra.

A música foi lançada em 1973, no disco de estreia do grupo. Ela traduz um grito pacifista e antinuclear, durante a ditadura militar do Brasil, tendo sido apresentada em show ao vivo no Maracanãzinho em meados de 1974.

Ela foi incluída entre As 100 Maiores Músicas Brasileiras de todos os tempos.


ROSA DE HIROSHIMA De: Gerson Conrad e Vinicius de Moraes

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas

Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária

A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose

A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada

Confira a letra em inglês:
(See a translation of the letter into English):

The Rose of Hiroshima
By: Vinicius de Moraes


Think about the children
Dumb and telepathic
Think of little girls
Blind and inexact
Think about the women
Broken bruised and altered

Think about the wounds
Like a burning rose
But do not forget
The rose of Hiroshima
The rose hereditary

The radioactive rose
So stupid and disabled
The rose with a cirrhosis

The anti-rose atomic
Without perfume or color
Without a rose with nothing.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Entrevista Lester Brown


O influente pensador do movimento ambientalista internacional fala da necessidade de reestruturação da economia global em função da nova realidade ambiental e diz que, num futuro próximo, a vantagem será daqueles que controlam terras e água.

OMS classifica cinco pesticidas de "possível ou provavelmente" cancerígenos

Fonte [DN, 20/03/15]
Um dos químicos em causa chama-se glifosato e é utilizado no Roundup, um dos pesticidas mais utilizados no planeta.
Cinco pesticidas foram hoje, 20 de Março de 2015,  classificados como "possível ou provavelmente" cancerígenos para o homem pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Cancro (IARC), estrutura da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O herbicida glifosato, um dos mais utilizados no mundo, bem como o malatião e o diazinão, foram classificados como "provavelmente cancerígenos para seres humanos", mesmo que "as provas sejam limitadas", segundo a IARC, com sede em Lyon, França.

O glifosato, herbicida cuja produção é a mais significativa em volume, é a substância ativa do 'Roundup', um dos produtos com maiores vendas no mundo, pois, além da agricultura, onde a sua aplicação tem aumentado bastante, também é usado nas florestas e em jardins privados.

De acordo com a IARC, o glifosato foi encontrado no ar, na água e nos alimentos, e a população está particularmente exposta, por viver perto de áreas intervencionadas com o herbicida, ainda que os níveis de exposição observados sejam "geralmente baixos".

Também os inseticidas tetrachlorvinphos e paratião, já objeto de interdições ou restrições em numerosos países, foram classificados como "possivelmente" cancerígenos.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Una mosca de 105 millones de años habla del origen de las flores

Hace unos 105 millones de años, en lo que ahora es Cantabria, una mosca de la especie Buccinatormyia magnifica, ya extinta, se acercó en vuelo batido a una PLANTA, permaneció detenida en el aire delante de ella como un colibrí y le introdujo su larga trompa para libar el néctar que se le ofrecía. A cambio del regalo, la planta dejó su polen adherido a la mosca que partió llevándoselo con ella en busca de otras plantas a las que fecundar y en las que alimentarse. En algún momento de su trasiego por los bosques de coníferas, como pinos o abetos, que cubrían el planeta en aquel tiempo, la mosca quedó atrapada en resina con todo su cargamento. La resina se fosilizó convirtiéndose en ámbar y como una máquina del tiempo transportó hasta el presente al desdichado insecto. Aquí, en el yacimiento cántabro de El Soplao, entre muchos trozos de ámbar, lo encontró hace dos años y medio un grupo de investigadores. Hoy, en la revista Current Biology, cuentan su historia.

Recreación de la mosca 'Buccinatormyia magnifica' y su labor de polinización hace 105 millones de años
La historia de la mosca es, además de la suya propia, la de los bosques en que vivía. “Ahora, las plantas que dominan son las angiospermas, plantas con FLORES, como las que podemos encontrar en los trópicos”, explica Enrique Peñalver, investigador del Instituto Geológico Minero de España (IGME) y autor principal del estudio. “El momento en que vivió esta mosca dominaban plantas gimnospermas, como las que podemos encontrar en los bosques del norte de Siberia, pero aquel fue un periodo de inflexión”, continúa. El cambio aún tardaría millones de años en completarse, pero la revolución que cambió los ecosistemas del planeta ya se había INICIADO en aquel periodo.
La mosca de nuestro relato fue, probablemente, una víctima de aquella revolución. En su labor de polinización hacía un gran equipo con las bennettitales, un tipo de PLANTAS ya extinto. “El cambio que se produjo en aquella época debió tener efectos profundos en la dinámica de los bosques y posiblemente en la de la fauna”, apunta Peñalver. “Si esas moscas estaban muy especializadas en el néctar de este tipo de gimnospermas, que desaparecieron al final del Mesozoico, es posible que desapareciesen con ellas”, concluye.
Al enigma de la aparición de las plantas con FLORES, Charles Darwin, el padre de la teoría de la evolución, se refería como el “misterio abominable”. Su resolución puede encontrarse en objetos casi tan misteriosos, como las trampas de ámbar de El Soplao.