sábado, 1 de abril de 2017

Estudo inglês afirma que a vida moderna está a matar os nossos filhos – taxa de cancro sobe 40% nos últimos 16 anos

Mankind & nature & pollution as seen by the artist Moki

De acordo com um estudo realizado em Inglaterra e publicado em Setembro do ano passado no prestigiado jornal “The Telegraph” a vida moderna está a matar as nossas crianças, com o número de jovens com diagnóstico de cancro a subir 40% nos últimos 16 anos por causa de fatores variados tais como a poluição do ar, as radiações, os campos eletromagnéticos, as dietas alimentares pobres, etc.Uma análise às estatísticas do governo, efetuada por investigadores da “Children with Cancer UK” concluíram que existem agora mais de 1300 casos de cancro, por ano, comparativamente a 1998. O aumento é mais aparente em adolescentes e jovens adultos com idades entre os 15-24 anos, onde a taxa de incidência aumentou de cerca de 10 casos em 100.000 para cerca de 16.

O cancro do cólon subiu 200%, nas crianças e jovens nos últimos 18 anos…
De acordo com as conclusões da investigação tais dados podem dever-se à evolução dos métodos de diagnóstico/triagem mais eficazes, sendo que no entanto a sua maioria se deva a fatores de ordem ambiental.

O Dr. Denis Henshaw, professor de efeitos de radiação no corpo humano na Universidade de Bristol (Reino Unido) e conselheiro/diretor científico da “Children with Cancer UK” afirma que a poluição do ar é de longe o maior culpado respondendo a cerca de 40% do aumento, mas outros elementos da vida das sociedades modernas e contemporâneas também são responsáveis. Entre eles destacam-se a obesidade, os pesticidas e solventes inalados durante a gravidez, as perturbações do ritmo circadiano, as radiações associadas aos raios-x e TAC, o ato de fumar, os campos eletromagnéticos das linhas de transporte de energia e dos telemóveis e respetivas antenas de transmissão.

Aliás Denis Henshaw associa, a esta faixa etária, as leucemias mas também vários tipos de cancro (tiróide, ovário, cólon) como doenças diretamente relacionadas com os fatores enumerados anteriormente, sendo a leucemia um exemplo claríssimo, na opinião do investigador, da influência clara que os fatores ambientais têm no aparecimento e aumento do número de casos de leucemia infantil.

Mais de 4.000 crianças e jovens são diagnosticadas com cancro a cada ano que passa, no Reino unido, e o cancro é a principal causa de morte em crianças dos 1-14 anos.
Na opinião deste investigador ações muito simples a nível comportamental, por parte das famílias podem contribuir para uma diminuição deste tipo de fatores de risco. Na verdade uma dieta rica e equilibrada, o uso ponderado das novas tecnologias e o evitar submeter as crianças a determinados carcinógenos presentes nos compostos químicos, existentes por exemplo nas tintas com que se pintam os quartos de criança (segundo ele uma criança não é consciente da moda), levarão a um menor risco face aos fatores enumerados.
Obrigado Willem Bakker e Teresa Marques Pestana por me dar a conhecer o trabalho de Moki.

1 comentário:

Rogério G.V. Pereira disse...

Ocorre-me que seria importante (e talvez significativo) evoluir nestes estudos no sentido de perceber onde (geograficamente) há maior concentração de casos em contraponto com onde eles são raros.

Seria interessante encontrar referenciais de vida sustentável e modos de vida recomendáveis