sábado, 31 de dezembro de 2016

As novas realidades em que vamos viver

A frase-chave de 2017 tem que ver com as realidades paralelas criadas pela ciência e pela tecnologia – de ambientes de realidade virtual a criações de inteligência artificial, passando pela terraformação de outros planetas. É ler, para não sermos surpreendidos pelo futuro.

Marte recriado para receber os humanos, com atmosfera e água, será uma das tendências científicas mais discutidas em 2017 

O Future Today Institute lança há uma década o Relatório de Tendências Tecnológicas para o ano que se segue. O trabalho é feito a partir de um mecanismo científico que analisa em contínuo as práticas tecnológicas e científicas que irão ajudar a definir o futuro.

Se é verdade que o mundo é cada vez mais complexo e o futuro se parece cada vez mais com um filme de ficção científica, são relatórios como estes que nos ajudam a antecipar o que aí vem e a adaptar comportamentos para os incluir nas nossas vidas. Seguem-se seis tendências para 2017 e três produtos inovadores que já aplicam algumas dessas tendências.

Inteligência artificial
A inteligência artificial é uma escolha óbvia nesta lista, tão óbvia que está contida dentro de praticamente todas as outras áreas de destaque. Como explica este relatório, há dois tipos de inteligência artificial: uma fraca, outra forte. A primeira verifica-se nos sistemas de recomendação típicos da Internet (sejam os produtos da Amazon, as músicas do Spotify ou os textos para ler a seguir no PÚBLICO). A segunda é a que permite a um sistema computacional tomar decisões de forma integrada, por enquanto ainda no campo da ficção científica.

Alguns dos aspectos mais sedutores do próximo ano neste campo estarão na evolução da aprendizagem que os sistemas artificiais poderão fazer – os algoritmos que lhes dão origem irão induzir uma auto-aprendizagem a partir de uma enorme quantidade de dados disponíveis. Um dos bons exemplos com conclusão para o próximo ano é o Watson, da IBM, que está a aprender a ler e interpretar imagens radiológicas para inferir o historial clínico de pacientes. E, regressando ao relatório, a tendência será a de deixar de programar os computadores. No futuro os computadores “serão treinados como cães”.

Robótica
Várias evoluções no campo da robótica permitem antever novidades muito interessantes para o próximo ano. Uma área a merecer especial atenção é a dos robôs cooperativos, que juntam várias máquinas para executar funções de forma coordenada – de forma bem mais evoluída do que aquela que se vê numa linha de montagem.

Também os robôs de companhia apresentam uma lógica promissora, especialmente porque será uma forma de a robótica entrar no mercado de massas. Com o envelhecimento geracional que se verifica nos países ocidentais, a tendência para desenvolver robôs de companhia será crescente. Nesse sentido, o mercado líder para estas transições será o Japão, onde o envelhecimento é maior e o investimento tecnológico está mais canalizado para aí.

Realidade misturada
Este é um novo termo que junta todas as várias tendências que relacionam o mundo real e a experiência em ambientes virtuais: a realidade aumentada, que sobrepõe uma camada virtual ao ambiente que rodeia o utilizador; a realidade virtual, que coloca o utilizador num ambiente totalmente virtual, já usado em jogos e filmes pioneiros; as câmaras especiais de 360 graus que criam vídeo e imagem em rotação completa; os produtos que apresentam hologramas, que são imagens tridimensionais, a partir de ecrãs como smartphones.

Estas aplicações vão começar a ser frequentes na indústria de entretenimento (jogos, filmes de terror, pornografia, clips musicais, etc.), seguindo, aliás, a tendência deste ano. Mas também deverão começar a invadir o ambiente profissional, com apresentações tridimensionais que ultrapassam o PowerPoint normal e com câmaras de 360 graus para aplicações de segurança e transmissão desportiva, entre muitos outros exemplos. Também vale a pena estar atento a aplicações de realidade virtual para tratar doenças como depressões e stress pós-traumático, bem como mecanismos de marketing para levar produtos até potenciais clientes.

Segurança
Se há uma nota a reter no ano informático de 2016, ela tem que ver com os escândalos de segurança. Dos Panama Papers aos emails de campanha de Hillary Clinton, nunca se falou tanto de segurança e pirataria informática – incluindo ao nível diplomático, visto que a mais recente polémica envolve a interferência da Rússia no processo eleitoral norte-americano.

Ao mesmo tempo, a pressão por parte desses mesmos Estados para criar mecanismos de intrusão nos aparelhos dos cidadãos tem também consequências na segurança dos mesmos. E se em 2016 o FBI colocou a Apple em tribunal por esta se recusar a dar acesso a um iPhone específico, em 2017 é de esperar que se renove a exigência de produção de um mecanismo de acesso privilegiado a software ou hardware (de perfis de redes sociais a telemóveis, passando pelos computadores pessoais e pelas contas de email).

Com a informática no centro das discussões sobre defesa e segurança, é de esperar que se renovem as competências informáticas das entidades policiais e militares – criando novas formas de espionagem e protecção da lei, abrindo também caminho a um reforço dos mecanismos legais para defesa e acusação relacionados com actividades digitais e com implicações legislativas profundas. 

Privacidade
Em paralelo com as questões de segurança estão, por razões óbvias, as preocupações com a privacidade. O anonimato digital não existe, mas a percepção de que assim é está cada vez mais presente na mente de cada cidadão que abre um browser de Internet. Para evitar a invasão de privacidade ao nível do indivíduo, muitas empresas vão instalar esquemas de privacidade diferencial – um mecanismo em que os dados individuais continuam a ser recolhidos, mas são de tal forma alterados que não podem ser depois individualizados de forma a destacar uma única pessoa. A Apple já anunciou que está a trabalhar nisto e outras empresas, nomeadamente a Google e a Facebook, devem ir pelo mesmo caminho. Daqui decorrem outros problemas, como a gestão da encriptação, abrindo novos mercados para empresas com soluções inovadoras e integradas em todos os passos da vida digital dos cidadãos.

Outra área em que a manutenção da privacidade será essencial tem que ver com a evolução tecnológica que permite que o reconhecimento facial seja individualizado ao pormenor. Já é possível seguir alguém numa cidade através das câmaras de vigilância instaladas em serviços públicos (como as de trânsito) e as privadas (como as dos multibancos), graças a softwares de processamento facial muito poderosos. Se a isto adicionarmos mecanismos avançados de captação de imagem em tempo real como os drones e os vídeos de 360 graus, percebemos que os redutos de privacidade no espaço público são algo em vias extinção.

Terraformar planetas
Este é mais um conceito nascido na ficção científica, mas que parece estar prestes a ganhar dimensão real. Terraformar um planeta consiste basicamente em importar padrões ambientais da Terra de forma a criar condições para a vida humana. Elon Musk, o visionário da Tesla e da SpaceX, anunciou este ano que pretende chegar a Marte em menos de dez anos – e assim que lá chegar promete adaptar o planeta para receber humanos dispostos a iniciar a imigração espacial.

Esta é uma tendência muito nova e o trabalho feito até agora consiste no levantamento de espécies capazes de resistir em ambientes extremos, como micróbios que vivem em temperaturas extremas no deserto do Atacama ou bactérias que se reproduzem em ambientes sem oxigénio nas fontes hidrotermais do fundo do oceano Atlântico. A biologia sintética, outra área de saber em expansão, pode ajudar a manipular organismos artificiais que sejam úteis. Juntamente com os planos detalhados para exploração da Lua e de Marte, é de esperar que se desenvolvam ideias – e experiências – para construir do zero ambientes capazes de criar uma atmosfera com oxigénio, água e alimentos.

Produtos inovadores e surpreendentes
Pó inteligente
São microcomputadores que têm a dimensão de um grão de pó. Podem trabalhar de forma integrada, como uma nuvem de pó, captando e transmitindo informação sobre o meio ambiente (desde imagens a sensores térmicos), que depois é tratada por outras máquinas. Dada a dimensão destas partículas, pode ser até algo que se insere no organismo humano para o estudar sem perturbações de maior.

Cidadanias digitais
A Estónia foi pioneira ao permitir que estrangeiros possam aceder aos seus serviços de cidadania – e em consequência ao mercado europeu. O resultado do "Brexit" pode bem impulsionar uma solução semelhante para os empreendedores do Reino Unido, tal como o crescimento da economia asiática pode promover um esquema semelhante em Singapura para os países vizinhos.

Fio inteligente
Trata-se de um fio utilizado para suturas de feridas que informa remotamente sobre o estado clínico de um paciente, alertando para uma infecção ou antecipando uma situação de emergência como um ataque de coração. É algo que ainda está na mesa de laboratório de várias universidades americanas, mas cujos resultados são muito promissores.

Fonte: [Publico]

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Toda a Verdade (Doc): Em breve nos vossos pratos! (voluntariamente ou à força...)


Bientôt dans vos assiettes! (de gré ou de force...)"
 (em breve nos vossos pratos! voluntariamente ou à força...)

Começa na Dinamarca, onde os porcos alimentados com soja transgénica estavam a ficar doentes com malformações congénitas e diarreia. Que desapareceram quando o pecuarista abandonou a soja transgénica.
Depois, os jornalistas seguem para a Argentina, onde essa soja transgénica, de origem norte-americana, é produzida massivamente, com massivas aplicações do herbicida glifosato (Roundup). Aí, testemunharam o aumento assustador do número de crianças deficientes nas povoações rodeadas por campos de soja transgénica, como concluiu um estudo elaborado por médicos argentinos, já que o governo nada fez ou faz.
E acaba em Bruxelas, onde as negociações do Acordo Transatlântico (TAFTA ou TTIP) pretendem acabar com a resistência aos transgénicos de países europeus, como por exemplo, a França.

«Daqui a cerca de 15 anos, as empresas de transgénicos terão vencido batalhas, umas atrás das outras, apesar da relutância dos cidadãos. Uma conquista do planeta que se fez em silêncio, sem imagens e sem grandes escândalos. Pelo menos até agora.» (do filme)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Petróleo e gás enterrados, aqui e em todo o lado



A notícia do cancelamento de contratos de concessão de prospecção e produção de gás e petróleo no Algarve de duas concessões de Sousa Cintra (Portfuel), Tavira e Aljezur, e uma concessão no mar da Partex/Repsol, Lagosta, é a primeira vitória sólida do movimento contra a exploração de combustíveis fósseis em Portugal. É um enorme crédito para centenas de pessoas, no Algarve e um pouco por todo o país, que se mobilizaram intensamente no último ano e meio contra uma das indústrias mais poderosas da História. É uma vitória obtida dias após um acordo do cartel da OPEC para cortar a produção de petróleo e fazer subir o preço que anda em mínimos históricos há mais de um ano. É também obtida quando Donald Trump escolhe como seu ministro dos Negócios Estrangeiros o director-executivo da ExxonMobil, a maior petrolífera privada do Mundo, e que responde actualmente em tribunal por esconder a questão das alterações climáticas desde 1969 e financiar grupos de negacionistas para evitar a acção política para substituir os combustíveis fósseis.

Mas é uma vitória incompleta, como têm perfeita consciência todos os movimentos e pessoas envolvidas no processo. Incompleta porque faltam ainda rescindir mais três contratos no litoral algarvio entregues à Repsol/Partex a 4 de Setembro, um mês antes das eleições legislativas que ditaram o fim do governo PSD-CDS. Porque faltam rescindir, além dessas, mais nove concessões: duas em terra, na Batalha e em Pombal, e sete no mar, desde Sagres onde no ano passado a GALP e a italiana ENI ameaçaram começar a furar, até ao Porto. Incompleta porque é preciso não só garantir o cancelamento destas concessões como o fim de futuras concessões para prospecção e exploração de combustíveis fósseis em Portugal.

A base do governo para rescindir estas três concessões (Aljezur, Tavira, Lagosta) é técnica e foi bem utilizada. Além de outros problemas, a Portfuel de Sousa Cintra não tinha um Seguro de Responsabilidade Civil previsto no contrato e a Repsol/Partex não cumpriu o plano de trabalhos acordado. Mas não pode haver qualquer dúvida sobre a necessidade de decisões políticas para acabar com a prospecção e exploração de combustíveis fósseis em Portugal. A lei não equivale à razão e a legalidade não está necessariamente livre da iniquidade (bem pelo contrário, tantas vezes). Hoje vivemos uma realidade que choca directamente com leis feitas em outros tempos e para outros tempos. A concentração de dióxido de carbono na atmosfera é superior a 400 partes por milhão, inédita nos últimos 800 mil anos, e não existia há 10, há 20 ou há 30 anos (de quando é a legislação que permitiu estes contratos catastróficos). O problema das alterações climáticas e a necessidade de lidar com essa questão agora (não daqui a 10, 20 ou 30 anos) é uma questão política da maior importância. Acresce o enorme prejuízo que a indústria petrolífera traria ao nosso país, boicotando a evolução das renováveis e sectores económicos como a pesca ou o turismo (além do dano provocado à saúde das populações e ao ambiente local). Será sempre no campo da decisão política que se ganhará esta disputa sobre o futuro.

Numa espécie de paradoxo, são hoje os privados os maiores dinamizadores das energias renováveis, tendo em 2015 o investimento privado em renováveis ultrapassado o somatório do investimento em grandes barragens, nuclear e combustíveis fósseis. São os governos que, através de subsídios, isenções fiscais e outros apoios, mantêm a indústria petrolífera. O nível de apoios públicos às energias fósseis é de 4 para 1 quando comparado com os apoios às renováveis. A indústria do gás, do petróleo e do carvão vive da captura dos estados e é difícil vê-lo mais claramente do que nos Estados Unidos. Portugal tem de dar um passo noutra direcção.
Não há que esperar quaisquer favores das petrolíferas: elas estão a lutar pelo seu dinheiro. Não irão desistir porque é a coisa certa a fazer, porque as populações são contra ou porque continuar significa a destruição do clima. Utilizarão todo o seu arsenal de desinformação, ameaça e chantagem, chegando tantas vezes directamente aos governantes, para garantir o seu lucro. Porque estão no negócio de fazer lucro, não no negócio de fazer energia. Contra isso, populações e movimentos têm de manter a pressão, de acentuar a pressão política, para decisões políticas, isto é, decisões com custos e com ganhos, mas que respondam verdadeiramente ao bem colectivo e aos bens comuns, desde a escala local à escala global. Faltam assim rescindir mais 12 contratos. Mas o petróleo e o gás ficarão debaixo do solo.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Escola Primária do Porto está a plantar um bosque pelo clima


A escola EB1 do Bom Pastor, no Porto, está a plantar um bosque de árvores e arbustos autóctones numa zona que estava abandonada. Pais, crianças e professores juntaram-se para fazer bolas de sementes e para pôr na terra as primeiras 50 plantas.

Aquilo que dantes era um espaço sem utilização está a tornar-se num bosque de azevinhos, medronheiros, carvalhos e outras espécies autóctones, um projecto coordenado pela APAECM (Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas Carolina Michaёlis – Núcleo da Escola Básica do Bom Pastor).
“Este era um espaço despido de árvores, que não era aproveitado, com cerca de 1.500 metros quadrados”, explica à Wilder Pedro Macedo, da Associação de Pais e um dos promotores da iniciativa. “Os miúdos nunca lá iam. Era um sítio onde estava um aterro quando fizeram a escola e tinha pedras, tijolos, vidro e plásticos que ficaram enterrados.”
A 24 de Novembro, esse espaço começou a transformar-se numa floresta urbana. Vieram 20 pais, 10 professores e 215 crianças e a plantação começou. Para animar, houve música e teatro sobre a floresta e foram feitas cerca de 600 bolas de sementes para lançar mais tarde à terra.


O projecto “Um Bosque pelo Clima”, em parceria com o pelouro da Inovação e Ambiente da Câmara Municipal do Porto, quer aumentar a biodiversidade urbana, reduzir a pegada de carbono da escola e assim defender o clima, sensibilizar a comunidade escolar, valorizar o recinto escolar e criar um espaço lúdico e pedagógico.
“Esta ideia não é só plantar umas árvores, é um projecto que pretende dar um contributo à escala local para resolver um problema global”, como as alterações climáticas.


O desafio agora é integrar no dia-a-dia da escola este pequeno bosque, de onde se vê o mar e a paisagem urbana em redor. “Queremos, por exemplo, que este espaço possa ser utilizado para aulas ao ar livre”, acrescentou Pedro Macedo. Para isso foi criada uma área, em forma de quadrado, delimitada por alfazemas e com troncos cortados para as crianças se sentarem. No centro foi plantado um sobreiro, árvore nacional que terá um papel especial, assim como um guia e professor.

Para um futuro próximo, está prevista a expansão do bosque, a melhoria da identificação das espécies de árvores e arbustos, a remoção de algum lixo e a dinamização do espaço. “Gostávamos que os professores percebessem que o bosque é um recurso pedagógico”, onde as crianças podem apreciar as cores, provar os sabores da floresta, sentir os perfumes e abraçar as árvores. Pedro Macedo adianta que ao longo do próximo ano, “os professores serão desafiados a envolverem-se de forma mais sistemática”.

A apoiar a criação deste bosque para as crianças daquela escola estão várias entidades, desde o FUTURO – projecto das 100.000 árvores da Área Metropolitana do Porto, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e o Movimento Terra Queimada ao programa Floresta Comum (da Quercus) e ao Cantinho das Aromáticas.
 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Climáximo

Há um colectivo credível e que se chama Climáximo. Com ele podes encontrar várias iniciativas em Portugal, relacionadas à justiça climática. Para nós, a justiça climática tem (pelo menos) duas dimensões. Uma, sectorial, é sobre o clima. Outra, social, é sobre a justiça.

1ª dimensão: Clima
- Energia (e.g. renováveis, democracia energética, extração de petróleo e gás, nuclear, carvão)...
- Transportes (e.g. transportes públicos, bicicletas)
- Agricultura (e.g. sementes livres, agro-ecologia, indústria pecuária, transgénicos)
- Florestação (e.g. monoculturas)
- Indústria (e.g. multinacionais, lobbying, indústrias poluidores)


2ª dimensão: Justiça
- Soberania (e.g. transição justa, tratados de comércio livre)
- Democracia (e.g. cidadania, relações de poder)
- Dívida ecológica (e.g. impactos da crise ambiental, refugiados, Sul Global vs. Norte Global)
- Desigualdades (e.g. patriarcado, racismo)
Estas dimensões servem para /incluir/ várias lutas, e não para excluir quem luta para justiça social e ambiental.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Encontros Improváveis: Nelson Mandela e Simple Minds- Nelson Mandela Day

"Ser pela liberdade não é apenas tirar as correntes de alguém, mas viver de forma que respeite e melhore a liberdade dos outros." ~ Nelson Mandela.
"Eu aprendi que a coragem não é a ausência de medo, mas o triunfo sobre ele. O homem corajoso não é aquele que não sente medo, mas aquele que conquista por cima do medo." ~ NelsonMandela

"Florecer de las ideas" street art in Medellin, Colombia,
by artist YALUS.

"I learned that courage was not the absence of fear, but the triumph over it. The brave man is not he who does not feel afraid, but he who conquers that fear." ~ #NelsonMandela

"The dream is coming" Street Art in Bairro da Milharada, Portugal,
by artist Smile1art.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Slavoj Žižek - O ano em que sonhamos perigosamente



"Nos últimos anos, parece que testemunhamos o advento de uma nova prosopopeia em que a coisa que fala é o próprio mercado: cada vez mais o mercado é citado como uma entidade mítica que reage, alerta, esclarece opiniões, etc., e até exige sacrifícios como um antigo Deus pagão." ~Slavoj Žižek

Mais Leituras
Entrevista: A ecologia radical de Slavoj Žižek - Roda Viva
Slavoj Zizek- o que é o capitalismo e as suas consequências

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Renas estão a encolher e a perder peso. E a culpa é do aquecimento global

As renas arquipélago de Svalbard, na Noruega, estão a encolher e a perder peso por causa do aquecimento global. Um estudo mostra que, em 16 anos, o peso das renas adultas diminuiu 12%. [Fonte: O Observador]
Uma equipa de investigadores do Instituto James Hutton e de um instituto da Universidade de Ciências da Vida da Noruega estudaram a evolução das renas desde 1994

As renas estão a encolher e o seu peso diminuiu 12% em 16 anos por causa do aumento das temperaturas, concluiu um estudo da British Ecological Society (Sociedade Ecológica Britânica) feito na Noruega e que apresentado esta segunda-feira.
“Nestes últimos 20 anos, um período de aquecimento visível, tanto no verão como no inverno, no Ártico”, as renas do arquipélago de Svalbard, na Noruega, “tornaram-se mais pequenas e mais leves”, diz aquela sociedade britânica num comunicado em que sintetiza as conclusões de um estudo apresentado em Liverpool (Inglaterra).
Uma equipa de investigadores do Instituto James Hutton (um centro de ciência escocês) e de um instituto da Universidade de Ciências da Vida da Noruega estudaram a evolução das renas, medindo e pesando os animais, desde 1994. Todos os invernos capturavam, marcavam e mediam renas com dez meses de idade. Voltaram ao mesmo arquipélago todos os anos para medir e pesar diferentes gerações até alcançarem a idade adulta.
O estudo mostra que em 16 anos, o peso das renas adultas diminuiu 12%, de 55 quilos nos animais nascidos em 1994 para 48 naqueles que nasceram em 2010. “12% pode parecer pouco, mas dada a importância do peso corporal na reprodução e na sobrevivência, é potencialmente enorme”, disse à agência de notícias AFP Steve Albon, do Instituto James Hutton.
Segundo estudos anteriores, sempre que o peso médio das renas adultas era inferior a 50 quilos em abril, a população diminuía, explicou o investigador. Para os cientistas, esta diminuição do peso das renas de Svalbard está relacionado com o aquecimento global. Invernos mais quentes traduzem-se em mais chuva, que cai sobre a neve e congela, impedindo as renas de acederem à vegetação que costumam comer. “As renas têm fome, perdem as crias ou dão à luz animais mais pequenos”, explicou.
A população de renas no mesmo arquipélago, no entanto, não diminuiu neste período, pelo contrário, duplicou nos últimos 20 anos, segundo o estudo.
Outra investigação divulgada em novembro sobre as renas na Sibéria já havia concluído que o aquecimento global, por causa das chuvas, ameaça esta espécie, por dificultar o acesso dos animais aos alimentos a que estão habituados. Segundo esse estudo, 61 mil renas da Sibéria estavam ameaçadas de morrer de fome por causa do fenómeno das chuvas no inverno, que congelam ao tocar a neve.

sábado, 17 de dezembro de 2016

O maior sobreiro do mundo!

Fonte: Descobrir o Alentejo

Chama-se "Assobiador" e é o maior sobreiro do Mundo, encontra-se em Águas de Moura, no Alentejo e pesará cerca de 102 toneladas, dando origem à extração de, aproximadamente, uma tonelada de cortiça por colheita. Cortiça suficiente para fazer 100 mil rolhas de garrafas de vinho!

Plantado em 1783, este sobreiro tem mais de 14 metros de altura e 4,15 metros de perímetro do tronco.

Está inscrito no Livro de Recordes do Guinness como "o maior sobreiro do mundo"!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Curta-metragem - Conversa entre duas aves

Watch a conversation between two birds (raven and snowy owl) on a golf course

 
A Raven and a Snowy Owl. Jersey City on Liberty National Golf Course

Explicação por Bernd Heinrich
Carta de Bernd Heinrich, premiado naturalista, que escreveu "The Mind of the Raven" enviada ao autor deste video, John Dustan:
Hi John, 
The first thing to notice is that the owl is TOTALLY unimpressed. It's not scared in the least, and the raven has no aggerssive intentions, but starts out being just curious- like: "what the hell is This!" So it tests - tries to get a reaction. But the owl still stays totally nonchalent. At some point the raven then tries a different tactic- it puts on its "I'm a big guy" display of erect "ear" feathers- usually used to show status in the presence of potential superiors, but here used also with a bowing and wing-flaring,which is used in supplication if there is NOT going to be a challenge- so, yes, i think the raven was having fun, and then also starting to have some respect, because this big white thing was NOT going to cooperate and be its toy.
Bernd

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Advogado que montou a maior limpeza de praia do mundo ganha prémio da ONU

No último ano, Afroz Shah, um advogado indiano, mobilizou 1.500 voluntários que retiraram quatro mil toneladas de plásticos, vidros e lixo da praia Versova, em Bombaím. Esta já é a maior limpeza de praia do planeta. As Nações Unidas reconheceram o seu trabalho e deram-lhe agora o título de Campeão da Terra.
 
Afroz Shah é um dos vencedores da edição deste ano dos prémios Campeões da Terra, atribuídos pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA) e que foram entregues a 2 de Dezembro na COP13 da Convenção sobre Diversidade Biológica (2 a 17 de Dezembro) em Cancún (México).
Este advogado venceu na categoria Acção e Inspiração, por causa dos seus esforços em lançar aquela que se tornou na maior limpeza de praia do planeta.
 
 
“Os esforços de Shah, e as centenas de voluntários que ele inspirou, são um exemplo maravilhoso da acção cidadã e lembram o resto do mundo que até os acordos mais ambiciosos e globais dependem da determinação individual”, comentou Erik Solheim, director do PNUA, em comunicado. “A sua espantosa liderança está a chamar a atenção do mundo para os impactos devastadores do lixo marinho”, acrescentou.
Em Outubro de 2015, Shah e o seu vizinho Harbanash Mathur, de 84 anos e que entretanto faleceu, decidiram que tinham de fazer alguma coisa para resgatar a praia do lixo que a estava a engolir. Por isso, arregaçaram as mangas e começaram os dois a limpar uma faixa de 2,5 quilómetros. O lixo – incluindo sacos de plástico, sacos de cimento, garrafas de vidro, peças de roupa e sapatos – cobria todo o areal.
 
Shah decidiu depois bater à porta dos moradores e pescadores da zona para lhes falar dos danos causados pelo lixo marinho. Em apenas um ano, a missão de duas pessoas cresceu e transformou-se numa comunidade de 1.500 voluntários de todas as idades que quiseram tornar a sua praia, mangais e oceano mais saudáveis e seguros, para os humanos e para as espécies marinhas.
Todos os fins-de-semana, os voluntários trabalharam oito horas nas praias, às vezes debaixo de um Sol abrasador, usando pás, camiões ou apenas as suas mãos.
 
“Este prémio é uma honra para as centenas de voluntários que se juntaram a mim durante este último ano para limpar a nossa praia e oceano”, disse Shah. “Sou um apaixonado pelo oceano e sinto que temos o dever de o libertar do plástico.”
O vencedor espera que este seja o início da luta das comunidades costeiras contra o lixo marinho. “Nós humanos precisamos fortalecer a nossa ligação com o oceano e não temos de esperar por alguém que nos ajude a fazê-lo”.
Todos os anos, em todo o mundo são produzidas quase 300 milhões de toneladas de plásticos e uma quantidade semelhante de lixo plástico. Desses, 13 milhões de toneladas acabam nos oceanos, segundo dados do PNUA. “É como se estivéssemos a despejar dois camiões do lixo no mar a cada minuto. O plástico danifica as nossas pescas, os ecossistemas marinhos e as economias, com um custo de até 13 mil milhões de dólares (cerca de 12 mil milhões de euros) por ano”, acrescenta o comunicado do PNUA.
Shah quer agora expandir a acção do seu grupo e evitar que o lixo acabe no rio local, que desagua na praia. Além disso, está previsto o início da limpeza das florestas de mangais na costa, cobertas de lixo, e do esforço para inspirar pessoas na Índia e no resto do mundo a lançar os seus próprios movimentos de limpeza.
Os outros vencedores dos prémios Campeões da Terra 2016 são o biólogo mexicano José Sarukhan Kermez (Prémio Carreira), o Presidente do Ruanda Paul Kagame (Liderança Política), a Agência de Energia Sustentável Marroquina Masen (Visão empresarial), a australiana Leyla Acaroglu com produtos inovadores para a sustentabilidade (Ciência e Inovação) e um prémio póstumo (Acção e Inspiração) para Berta Cáceres, a defensora dos direitos humanos nas Honduras, assassinada em Março deste ano.
Os prémios reconhecem líderes do Governo, sociedade civil e sector privado por acções com um impacto positivo no Ambiente. Desde que foram criados, há 12 anos, já distinguiram 78 pessoas.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Encontros Improváveis: António Ramos Rosa e Francesco Ratis - Ciaccona del Paradiso e del Inferno

Com L'Arpeggiata, Philippe Jaroussky e Fulvio Bettini

O Jardim
Consideremos o jardim, mundo de pequenas coisas,
calhaus, pétalas, folhas, dedos, línguas, sementes [...]
pausas de areia e de água, fábulas minúsculas.
[...]...
Um murmúrio de omissões, um cântico do ócio.
Eu vou contigo, voz silenciosa, voz serena.
Sou uma pequena folha na felicidade do ar.
Durmo desperto, sigo estes meandros volúveis.
É aqui, é aqui que se renova a luz. 


António Ramos Rosa,
in "Volante Verde"

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

EUA Favorece a Monsanto e Suspende Análises de Contaminação de Glifosato em Alimentos

O governo dos EUA decidiu suspender os testes de glifosato em alimentos, em busca de efeitos prejudiciais para a saúde, atrasando assim a iniciativa da Food and Drug Administration (FDA) que havia decidido inicialmente medir a contaminação do polêmico herbicida.
Segundo Carey Gillan do site EcoWatch, a FDA escolheu no começo deste ano uma equipe especial para buscar resíduos do agroquímico em alimentos de consumo humano, logo que a autoridade fiscalizadora criticou o Government Accountability Office (GAO) por não incluir o glifosato nos programas anuais de testes de risco que contemplam outros pesticidas menos usados.

O glifosato é um dos herbicidas mais utilizados no mundo e é o principal ingrediente do produto Roundup, elaborado pela empresa Monsanto. Seu uso começou a ser questionado com maior ímpeto no ano passado, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS), através de seus especialistas, declarou que ele poderia causar câncer em humanos.

Dentro da FDA, o exame de glifosato criou “confusão, desentendimentos e dificuldades, na determinação de uma metodologia padrão para o uso de laboratórios americanos”, indicaram as fontes da agência.

A porta-voz da FDA, Megan McSevene, confirmou a suspensão dos testes e disse não estar segura de quando serão retomados.

“Enquanto o teste de glifosato se expande para vários locais, atualmente trabalhamos para garantir que os métodos sejam validados para seu uso nestes laboratórios. Assim que a validação esteja completa, os testes de glifosato serão retomados“, afirmou. Atualmente não podemos especular sobre quanto tempo irá demorar”.

Juntamente ao componente do Roundup da Monsanto, a FDA tem buscado resíduos de 2,4 D e outros “herbicidas ácidos” em produtos alimentícios, segundo documentos da agência citados por Gillan. No total, foram analisados “1340 amostras de alimentos, 82% nacionais e 18% importados”, tais como cereais, milho, soja, vegetais, leite e ovos, entre outros.

No começo de 2016, um importante especialista da FDA encontrou traços de glifosato no mel de Iowa acima dos limites permitidos pela União Europeia.

A Monsanto insistiu que não há presença de glifosato superior aos níveis normais e que a FDA acabará garantindo a segurança de seu herbicida.

Fonte: Noticias Naturais

sábado, 10 de dezembro de 2016

Pai da Permacultura: “Soluções para os problemas mundiais são embaraçosamente simples”

Bill Mollison
Bruce Charles Mollison nasceu a 4 de Maio de 1928 e morreu a 24 de setembro de 2016
Morreu em Setembro de 2016, aos 88 anos, um dos pais da permacultura, Bruce Charles Mollison. As suas ideias sobre um sistema agrícola que trabalha em conjunto com – e não contra – a natureza têm vindo a ganhar reconhecimento, ao longo dos anos. Hoje em dia, a permacultura é praticada por mais de 3 milhões de pessoas em 140 países.

Nascido em 1928 numa aldeia piscatória no noroeste da Tasmânia, Austrália, o escritor, professor, ecologista e “rebelde agrário” Bill Mollison (nome pelo qual era conhecido) acreditava que “embora os problemas do mundo sejam cada vez mais complexos, as soluções permanecem embaraçosamente simples.
A maior mudança que precisamos de fazer é a do consumo para a produção, mesmo que em pequena escala, nos nossos próprios quintais. Se apenas 10% de nós fizermos isto, haverá o suficiente para todos. Daí a futilidade dos revolucionários que não têm quintais, que dependem do próprio sistema que atacam, e que produzem palavras e balas, não comida e abrigo", escreveu na sua autobiografia.

A permacultura – termo que vem da junção das palavras “cultura” e “permanente” – surge da convicção de que o mundo natural possui a chave para um sistema estável e produtivo. Os sistemas ecológicos permitiriam às pessoas satisfazer as suas necessidades e ao mesmo tempo fortalecer a natureza, ao invés de a empobrecer.

Inspirou-se na sabedoria dos agricultores de subsistência um pouco por todo o mundo, que, ao longo do tempo, têm utilizado métodos sustentáveis na sua agricultura: cultivar um grupo variado de plantações, utilizar espécies perenes para criar sistemas produtivos estáveis e assegurar a existência das condições para a regeneração dos solos.

“Os únicos sistemas de energia seguros são os derivados de sistemas biológicos. Um jardineiro de Nova Guiné pode caminhar pelos portões do seu jardim, tirando uma unidade de energia e distribuindo 70. Um agricultor moderno, que conduz um trator através do portão, tira 1000 unidades de energia e dá uma de volta. Qual é o agricultor mais sofisticado? Estamos a livrar-nos do nosso solo ainda mais rapidamente do que estamos a destruir a nossa atmosfera. Para cada um de nós há uma perda de dez toneladas de solo por ano. A natureza só consegue substituir uma ou duas toneladas. Vamos deixar aos nossos filhos uma terra onde não há solo nem água potável.”

Elementos como plantas e animais também devem ser conjugados de modo a que sejam mutuamente benéficos, ou, como uma vez declarou: “não tem um problema de lesmas, tem é falta de patos!”


Espiral de ervas aromáticas
Um elemento clássico da permacultura – a espiral de ervas aromáticas

Trabalhou como pescador, guarda-florestal e caçador. Em 1954, juntou-se à Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), trabalhando extensivamente em investigação agrícola. Ao fim de 10 anos, deixou a organização e decidiu estudar biogeografia – o estudo da distribuição das plantas e dos animais – na Universidade de Hobart, conta o The Guardian. Nesta universidade foi nomeado professor, em 1968, e alguns anos mais tarde criou uma disciplina nova, a psicologia ambiental.

Com o passar do tempo, foi-se sentindo cada vez mais limitado pelo mundo académico tradicional e procurou unir os seus estudos ao mundo natural.

Aos 50 anos, abandonou a educação formal. Juntamente com David Holmgren, um estudante de design ambiental, começou a dar forma ao que conhecemos atualmente como permacultura, indo buscar inspiração às culturas tradicionais e adaptando, ao mesmo tempo, as oportunidades das novas tecnologias. A estes esboços, os dois introduziram conceitos de culturas indígenas, de outros pioneiros da ecologia e de camponeses.

Foi assim que surgiu, em 1978, o Permacultura Um, o precursor do Permaculture – A Designers’ Manual, que se tornaria a “bíblia da permacultura”, usada ainda hoje como referência por professores.

Bill Mollison decidiu então dar cursos de duas semanas sobre permacultura para difundir o conceito. Alguns dos seus alunos viriam também a dar cursos semelhantes de 72 horas e, ao fim de 10 anos, as suas ideias tinham-se espalhado pelos cinco continentes. Os cursos originais foram evoluindo, entretanto, e abordam, hoje em dia, para além da agricultura, áreas como a engenharia, a construção, a arquitetura e o design ecológicos.
Fonte: Uniplanet

Mais informações
Tudo sobre Bill Mollison aqui no BioTerra

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Documentário: Campos Envenenados - Glifosato, Um Risco Subestimado?


Glifosato é o herbicida mais utilizado do mundo. Alguns afirmam que é completamente inofensivo, outros dizem que é um sério problema para a saúde de homens e animais. Uma equipa de investigação da OMS considera o glifosato tóxico e, provavelmente, cancerígeno.


Título Original: Poisoned Fields - Glyphosate, un Underrated Risk?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Noiva indiana pede 10 mil árvores ao invés de ouro como presente de casamento


Foto: Hindustan Times
Foto: Hindustan Times
Na Índia é muito comum que as noivas ganhem de presente de casamento muitos acessórios de ouro. Mas, o casamento de Priyanka Bhadoriya foi bem diferente. Aos 22 anos, a estudante de ciências, trocou o glamour dos presentes tradicionais por dez mil mudas de árvores.

Em entrevista ao site Hindustan Times, Priyanka explicou o que a fez optar pelo “presente alternativo”.


“Eu já planto árvores desde os dez anos de idade. Quando o meu casamento foi marcado para o Dia da Terra eu fiquei muito feliz, lembrou-me da minha ligação emocional com o meio ambiente”, disse.

A solicitação da jovem foi que metade das árvores fossem plantadas no terreno de sua família, onde seus pais vivem numa fazenda, e a outra parte fosse plantada nas terras da família do noivo.

Além das dez mil árvores, o casal aproveitou o dia do casamento – que aconteceu em Abril deste ano, para plantar três mudas de árvore para simbolizar a união. Eles ainda se comprometeram a repetir o acto todos os anos, como comemoração por cada aniversário de casamento.

Fonte: Ciclovivo

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Os primeiros campos de futebol não-rectangulares (em Inglês)


Sobre o uso de espaço público esconço.


Turning disused spaces in Bangkok into odd-shaped soccer (or: football) fields, this project provides much-needed places to play in dense cities where conventional lots are hard to find. It also serves as a potential model for creatively rethinking leftover urban land more broadly.







Developed in partnership with the Khlong Toei community, The Unusual Football Field project takes advantaged of abnormally shaped sites scattered around the district. Once areas of opportunity were identified and sides outlined, permission was sought, trash was cleared, land was leveled and fields were fit into each location.

Kids who might not otherwise have access to normal 105-by-68-meter fields can kick balls around these unusual courts, overcoming (or working with) the unique challenges of each variant. Sides can of course be switched mid-game as well to make sure things stay fair even on fields where one half could be seen as having an advantage.






Developed by AP Thailand, these creative fields represents an outside-the-box approach to working with urban density, rethinking possibilities and opportunities for irregular land configurations. These soccer-playing zones may be unconventional but are nonetheless popular, catering as they do to Thailand’s most popular sport. On the flip side, they can also be re-purposed again with equal ease if demand shifts.



The hope, in part, is that other developers and community activists might see potential in this model, adapting it to other dense cities where large regular spaces are hard to come by. Indeed, other sports and athletic activities could adopt similar models as well – though given the tight confines a baseball-oriented version may be out of the question.



Fonte: Web Urbanist


segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

The World In 2050 - The Real Future Of Earth (BBC & Nat Geo Documentaries)


No futuro, as mudanças demográficas mundiais certamente serão dramáticas. O biólogo matemático da Universidade Rockefeller, Joel Cohen, diz que é provável que até 2050 a maioria das pessoas no mundo viva em áreas urbanas da Terra e tenha uma idade média significativamente mais alta do que as pessoas de hoje.

Minuto Verde: Assine a petição pelos nossos solos em People 4 soil


Salve o Solo
People4Soil. 4 razões para salvar os solos da Europa 

“People4Soil”, é uma rede aberta de organizações europeias, da sociedade civil, institutos de investigação, associações de agricultores e grupos ambientais. Estamos a promover uma “European Citizens Initiative” (ECI) - Iniciativa de Cidadania Europeia destinada a introduzir uma legislação específica sobre a protecção e conservação do solo. Este relatório fornece um conjunto de questões e dados estatísticos sobre a situação preocupante dos solos na Europa, incluindo quatro razões principais para protegê-la. Ajude-nos na divulgação da mensagem: vamos dar um direito ao solo!

Assina a petição aqui e divulga. Participa!


domingo, 4 de dezembro de 2016

Música do Bioterra : Morrissey - My Dearest Love

Lado B do single de Morrissey "All You Need Is Me"...pode ser encontrado também no CD "Swords".
Mais um excelente tema de Morrisey.

These tears I'm wailing
I spill not without reason
Remove them
My dearest love
My

Take me
To the place I've been dreaming of
Where the grotesquely lonely
Meet the grotesquely lonely
And they whisper
Just very softly
Please be mine
Dearest Love
Be my dearest love

I have hung on, hung on
Hung on for one hundred years
For someone to shake me
Someone to wake me
If necessary someone to break me
My dearest love

Ali MacGraw, nascida Elizabeth Alice MacGraw, (Pound Ridge, Nova Iorque, 1 de abril de 1939) é atriz norte-americana. Neste filme "Love Story" de 1970, realizado por Jennifer Cavilleri, ganhou merecidamente os prémios David di Donatello categoria Melhor Atriz;  Golden Globe Award categoria Melhor Atriz
e Indicada — Academy Award categoria Melhor Atriz

Ali McGraw é também activista pelos direitos dos animais.

sábado, 3 de dezembro de 2016

O mapa de Oriontius - O coração da gente

Mapa de "Orontius, o único/profundo Rei que fez Matemática"
Informação sobre Orontius e sobre o mapa:
Astrónomo e matemático, a partir de 1531 nomeado para a cadeira de matemática no Colégio Real (o atual Collège de France), Oronce Finé (1494-1555) foi um dos primeiros estudiosos franceses a trabalhar com cartografia. Seu mapa-múndi na forma de um coração pertence a um grupo de 18 projeções de mapas em forma de coração publicados entre 1511 e 1566. Inspirado por uma das projeções descritas pelo geógrafo do século II, Ptolomeu, esse sistema de projeção foi codificado por um matemático de Nuremberg, Johannes Werner (1468-1522), numa obra escrita em 1514. O mapa de Finé reflete o estado dos conhecimentos e as hipóteses geográficas e as incertezas de sua época. A América do Norte une-se à Ásia, e uma vasta Terra Australis, continente hipotético que os geógrafos supunham existir para contrabalançar o peso das massas de terra do norte, está desenhada no sul.
O mapa pertence à coleção do geógrafo Jean-Baptiste Bourguignon d'Anville (1697-1782).
Foi comprado pelo rei Luís XVI em 1779 e depositado na Biblioteca Nacional da França em 1924.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Escravatura Moderna- factos e números

Dia Internacional para a Abolição da Escravatura
"O egoísmo pessoal, o comodismo, a falta de generosidade, as pequenas cobardias do quotidiano, tudo isto contribui para essa perniciosa forma de cegueira mental que consiste em estar no mundo e não ver o mundo, ou só ver dele o que, em cada momento, for susceptível de servir os nossos interesses."~José Saramago


Facts and figures:
1. Almost 21 million people are victims of forced labour – 11.4 million women and girls and 9.5 million men and boys.

2. Almost 19 million victims are exploited by private individuals or enterprises and over 2 million by the state or rebel groups.

3. Of those exploited by individuals or enterprises, 4.5 million are victims of forced sexual exploitation.

4. Forced labour in the private economy generates US$ 150 billion in illegal profits per year.

5. Domestic work, agriculture, construction, manufacturing and entertainment are among the sectors most concerned.

6. Migrant workers and indigenous people are particularly vulnerable to forced labour.

Conheça e participe na Campanha 50 for freedom



2012 Global Estimate of Forced Labour

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Podemos estar a respirar microplásticos, avisa especialista

Frank Kelly, professor do King’s College de Londres, avisa que podemos estar a inalar micropartículas de plástico.


Há cada vez mais microplásticos no mar, onde os animais marinhos os ingerem por os confundirem com comida, e os cientistas também alertam para a sua presença nos terrenos agrícolas, onde ainda se desconhecem as suas consequências. Segundo Frank Kelly, professor de saúde ambiental do King’s College de Londres, haverá mais motivos para preocupação: podemos estar a inalar estas partículas, avisa.

“Existe uma possibilidade, uma possibilidade genuína, de que algumas destas micropartículas sejam arrastadas para o ar e transportadas de um lado para o outro e que nós acabemos por as inalar”, disse.

Na sua opinião, o tamanho destas partículas possibilita a sua inalação e o facto de estarem cada vez mais presentes nos nossos ambientes faz com que esta hipótese deva ser considerada. Os microplásticos poderiam ser transferidos para a atmosfera através da secagem das lamas de ETAR, utilizadas como fertilizante nos solos agrícolas, explica o professor, acrescentando que um estudo francês detetou a presença das partículas no ar.


“Se as inalarmos, elas poderão trazer químicos para as partes inferiores dos nossos pulmões e talvez até para a nossa circulação”, afirmou, comparando este problema a “todas as outras emissões” de poluentes dos veículos. Os efeitos na saúde dos microplásticos, quer ingeridos quer inalados, só agora começam a ser estudados.

Segundo o Departamento do Ambiente, da Alimentação e dos Assuntos Rurais do Reino Unido, “mesmo para os consumidores de grandes quantidades de peixe ou marisco com a maior probabilidade de possuírem um grau relativamente elevado de contaminação por microplásticos marinhos, é provável que a exposição dietética às partículas de microplásticos seja relativamente baixa em comparação com a inalação de microplásticos”.

Todos os anos, 8 milhões de toneladas de plástico invadem os oceanos, dando origem a biliões de pedaços deste material a flutuar na superfície marinha e depositados no fundo do mar. Um único banho pode originar a entrada de 100 mil partículas de plástico no oceano, graças à utilização de produtos de higiene – como gel de banho, esfoliantes e pasta de dentes – com micropartículas de plástico, segundo relatórios do Comité para a Auditoria Ambiental do Reino Unido.

Estas micropartículas perfazem apenas uma pequena quantidade do total de detritos de plástico no mar, contudo ativistas de todo o mundo defendem que a sua presença nos ecossistemas marinhos poderia ser facilmente evitada com proibições decretadas pelos governos. Face a estes protestos, os EUA proibiram a utilização destas partículas em dezembro de 2015 e o Reino Unido decretou também a sua proibição, que entrará em vigor em 2018.

As micropartículas de plástico são ingeridas por criaturas marinhas, que as confundem com comida. Os pequenos fragmentos podem acumular toxinas da água marinha, que são posteriormente passadas pela cadeia alimentar, explica o The Guardian.
De acordo com um estudo, uma pessoa que coma meia dúzia de ostras poderá estar a ingerir 50 micropartículas de plástico.

Fonte: Uniplanet