terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Natal - A palavra é o espelho da acção

"No mundo há riqueza suficiente para satisfazer as necessidades de todos, mas não para alimentar a ganância de cada um."~Gandhi

O Natal cuja celebração original Celta/Pagã celebrava no solstício do inverno o fim da obscuridade e o retorno da luz e da esperança. Numa tentativa de apagar estes rituais a igreja veio à semelhança de outras festas (S.João por exemplo) colar-lhe a celebração do nascimento de Jesus que significando esperança e a luz máxima para os seus seguidores terá nascido (Biblia) para o verão. Com a ideia dos presentes desta tradição cristã veio apagar-se a importância do recomeçar, do procurar a luz e celebrar a energia da Mãe terra cujos ciclos demonstram que tudo é renovação mas implicando dedicação e atenção ao que nos rodeia. Procuramos agora corresponder às expectativas que foram criadas para que tudo seja perfeito (prendas, comida, disposição/ânimo) quando esta época seria de reflexão e introspecção, de alegria porque da noite se faz luz de dia para dia até à primavera, normalmente com pouco (é inverno) tal como na vida em que nos treinam para projectar apenas o lado positivo esquecendo que o negativo faz parte e só com este último valorizamos o primeiro. Esta época de maiores dificuldades será talvez a única forma de voltarmos ao purismo da época, ainda que com a nostalgia da prenda desejada,da abertura dos embrulhos e do brilho nos olhos perante a árvore, obrigando-nos a preencher de novo o vazio com acções e gestos porque já não haverá os bens de outrora e talvez venhamos a descobrir que afinal não nos faziam tanta falta.( via Patrícia Santos).

"As formigas não brigam por recursos, nem agem com espírito de competição. Elas simplesmente cooperam."~ Humberto Maturana (citação adaptada por mim)

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