quinta-feira, 18 de novembro de 2004

A Pele no Olhar

Há destas coincidências. Um livro muito interessante que acabei de o ler chama-se "As Camadas Ecológicas do Homem" de Michael Lamy, 1996, Edições Instituo Piaget e este fim de semana fui ver uma exposição que recomendo vivamente: está no Centro Português de Fotografia-Porto- e chama-se " A Pele no Olhar" de Juan José Molina. Termina a finais deste mês. 
Talvez muita corrupção, conflitos, mentiras, miséria, poluição e xenofobia reduziriam perante a visão e evidência frontal e real da principal camada ecológica do Homem - a pele.

Sinopse do livro
«Simultaneamente muito densa e muito clara, enriquecida pela experiência pessoal e pelas investigações do seu autor, esta obra de Michel Lamy responde às interrogações e suscita a reflexão. A permanente aliança entre a ciência e o senso comum caracteriza esta emocionante viagem através das diversas camadas ecológicas do homem.» JEAN BERNARD da Academia Francesa. Da pele ao ozono, o ser humano encontra-se envolvido por camadas ecológicas, naturais ou artificiais, com outras tantas camadas envolventes de que o homem não tem consciência, de tal forma elas são familiares. Assim, saído do ventre da sua mãe, o feto torna-se aéreo. A pele, o vestuário e o espaço pessoal são as suas camadas individuais. Os utensílios e a organização social possibilitam-lhe edificar e estruturar a casa, o automóvel, a cidade, os campos. Por outro lado, o homem é parte integrante da biosfera, a esfera da vida que envolve a Terra, o planeta azul onde a água e a atmosfera se encontram. Pela sua acção, o homem modifica estas camadas, de tal modo que se diz frequentemente que a Terra está doente por causa do próprio homem. É através do estudo sucessivo destas camadas que o autor define ecologia humana, por comparação com a economia, o ecologismo, a ecologia política, como uma ciência nova ao serviço da humanidade e da salvaguarda da natureza. No final de contas, tudo está relacionado com tudo, afinal como sugeriam saberes antigos. Um livro fascinante, actual e imprescindível para uma visão mais «real» de nós próprios e do planeta onde vivemos.

Sem comentários: